segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Esclareça suas dúvidas sobre a gripe Influenza A H1N1



1. O que é a Influenza A (Gripe suína ou H1N1)?
Doença respiratória aguda altamente contagiosa, comum em porcos. Esses
animais podem ser infectados, ao mesmo tempo, por mais de um tipo de vírus,
possibilitando que os genes dos vírus se misturem. Por isso, a suspeita dos
especialistas é de que a doença que está contaminando pessoas atualmente
seja provocada por um vírus que contém genes de várias origens - chamado de
recombinante. É um vírus que contém a mistura de genes que provocam a gripe
suína, a aviária e a humana.
2. Qual a diferença entre a gripe comum e a Influenza A?
A gripe Influenza A tem sintomas similares à gripe comum - febre súbita, dores
musculares, dor de garganta e tosse seca, mas pode causar vômitos e diarréia.
A gripe suína é uma variante, porém adquiriu elementos genéticos de vírus
animais e isso pode ser geneticamente exclusivo o suficiente para representar
uma ameaça pandêmica.
3. Quando procurar um médico?
Ao sentir os sintomas como: febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores
musculares, dores nas articulações e coriza, procure um médico ou um serviço
de saúde, como já se faz com a gripe comum.
4. Existem outras doenças que podem ser confundidas com a gripe suína?
Além da gripe comum, a rinite alérgica também possui características comuns à
Influenza A. Os sintomas da rinite alérgica são espirros, congestão e corrimento
nasal, mas não é acompanhada de febre.
5. Quais são os primeiros sintomas da Influenza A?
Os sintomas iniciais costumam aparecer cerca de 24 horas após o contágio e
pode ser:
 Febre maior que 38°
 Dor de cabeça;
 Dor nos músculos;
 Calafrios;
 Fraqueza;
 Tosse seca;
 Dor de garganta
 Espirros e coriza
 A pele pode ficar quente e úmida, os olhos avermelhados e
lacrimejantes. As crianças podem apresentar também febre mais alta,
aumento dos gânglios no pescoço, diarréia e vômitos.
6. Qual é a forma de contagio mais eficiente deste vírus?
A via aérea não á a mais efetiva para a transmissão do vírus, o fator mais
importante para que ele se instale é a umidade (nariz, boca e olhos). O vírus
não alcança mais de um metro de distância.
7. Qual o período de incubação do vírus?
Em média de 5 a 7 dias e os sintomas aparecem quase imediatamente.
8. Que faixa etária está sendo mais atingida pelo vírus?
De 20 a 50 anos de idade.
9. De que forma o vírus entra no corpo?
Ao dar a mão a pessoa que esteja com o vírus e logo passar na boca, nariz e
olhos ou ainda beijo no rosto.
10. O vírus é mortal?
Não. O que ocasiona a morte é a complicação da doença causada pelo vírus,
que é a pneumonia.
11. Então, o que faz o vírus para que cause a morte?
Uma série de reações como deficiência respiratória e a pneumonia severa
ocasionam a morte.
12. Que riscos têm os familiares de pessoas que faleceram?
Podem ser portadores e formar uma rede de transmissão. Fique atento aos
casos próximos.
13. Quando se inicia o contágio: antes dos sintomas ou até que se
apresentem?
Desde que se tem o vírus no corpo, antes mesmo dos sintomas.
14. Onde encontra-se o vírus no ambiente?
Quando uma pessoa infectada espirra ou tosse, o vírus pode ficar em
superfícies lisas como maçanetas, dinheiro, papel, documentos, sempre que
houver umidade. Caso o ambiente não seja esterilizado, recomenda-se
extremar a higiene das mãos.
15. Qual é o risco das mulheres grávidas?
Especialistas ainda não têm dados concretos suficientes para determinar com
certeza quem corre mais risco de desenvolver complicações por causa da
doença. Entretanto, as grávidas integram o grupo de risco.
16. O feto pode ter lesões se uma mulher grávida se contagia com o vírus?
Não se sabe que complicações possam acontecer no processo, já que é um
vírus novo.
17. Uma gripe convencional forte pode se converter na Influenza A?
Não.
18. O que mata o vírus?
O sol, mais de cinco dias no meio ambiente, sabão, antivirais e álcool em gel.
19. Qual é a previsão de produção da vacina contra a influenza A (H1N1) no
Brasil?
O Instituto Butantan, ligado à Secretaria de Saúde do Governo do Estado de São
Paulo, é responsável no Brasil por desenvolver as vacinas contra a gripe comum
(sazonal) e estará à frente também do desenvolvimento da gripe contra a influenza
A (H1N1). A vacina a ser produzida no Brasil estará disponível no próximo ano.
Além de desenvolver a vacina, o MS avaliará, junto ao Butantan, a necessidade de
comprar vacinas prontas de outros fabricantes.
20. Quão útil é o álcool em gel para limpar as mãos?
Torna o vírus inativo e o mata. Porém, a água e sabão são tão eficientes quanto
o álcool e o uso de um, elimina o uso do outro.
21. Pode-se fazer exercícios ao ar livre?
Sim. A possibilidade de se contaminar ocorre se existirem pessoas infectadas
que tussam e/ou espirre perto de você. A via aérea é um meio de difícil
contagio.
22. É útil a máscara para cobrir boca e nariz?
As máscaras apenas diminuem a probabilidade de contaminação, contudo não
evita que as pessoas contraiam a doença. Isso porque os vírus conseguem
atravessar a máscara e, ao usá-la, cria-se na zona entre o nariz e a boca um
microclima úmido favorável ao desenvolvimento viral. Por isso é
aconselhável trocar a máscara de 1 em 1 hora. Aqueles que já possuem a
doença devem utilizá-la com o objetivo de diminuir o contato com os demais.
Profissionais de saúde também devem usar, pois têm contato direto com
pacientes suspeitos.
23. Que cuidados devem tomar as pessoas que viajarem para um país onde
há casos numerosos da gripe suína?
 Evitar locais fechados com grande concentração de pessoas;
 Manter cuidados básicos com a higiene pessoal, como lavar sempre as
mãos antes de se alimentar ou levar a mão ao rosto;
 Procurar imediatamente o serviço de saúde caso venha a apresentar os
sintomas já citados
24. É fácil infectar-se em aviões?
Não. O meio é pouco propício para o contágio.
25. A água de tanques ou caixas de água transmite o vírus?
Não, porque contém químicos e está clorada.
26. Aquele que se infectou com a Influenza A e se curou, fica imune?
Sim.
27. Pode-se comer carne de porco, presunto cru, patê suíno, salame ou
salsicha?
Sim. Não há risco de contágio.
28. As pessoas com AIDS, diabetes e câncer, podem ter maiores
complicações?
Sim, pois normalmente a imunidade é baixa.
29. Serve para algo tomar vitamina C?
Não, mas ajuda a fortalecer o sistema imunológico.
30. Como se prevenir da doença?
Alguns cuidados simples podem ser tomados:
 Lavar as mãos com água e sabão freqüentemente;
 Evitar tocar boca, nariz e olhos após contatos com superfícies;
 Não compartilhar objetos de uso pessoal;
 Cobrir a boca com lenço descartável sempre que for tossir ou espirrar;
 Passar álcool em gel nas mãos, quando não puder lavá-las com água e
sabão.
 Evitar ficar em locais fechados de grande aglomeração de pessoas.


Fontes: globo.com
Saúde.gov.br
Babycenter.com.br
Clicrbs.com.br
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domingo, 24 de maio de 2009

Pediatras defendem ampliação do ensino infantil como forma de combater a criminalidade

A equação já foi resolvida por economistas e especialistas em educação. Investir no ensino de qualidade voltado a crianças de até 6 anos resulta em melhorias que vão do incremento da renda à queda da criminalidade. Apesar das evidências, porém, somente 17% dos brasileirinhos dessa faixa etária têm acesso à escola. O dado preocupa a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que lançou uma campanha pela ampliação da oferta. A ideia é mobilizar o país pela aprovação do projeto de lei apresentado pela senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), que cria o Programa Nacional de Educação Infantil para a Expansão da Rede Física (Pronei). O texto será votado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado nesta terça-feira (26/05) e deve receber parecer favorável do relator, Gim Argello (PTB-DF). Depois, segue para as comissões de Assuntos Sociais e de Educação, com caráter terminativo. Ou seja, caso aprovado, o projeto não precisa passar pelo Plenário, e vai direto para a Câmara. O objetivo do Pronei, que tem a simpatia do ministro da Educação, Fernando Haddad, é ampliar as unidades de educação infantil, priorizando as comunidades de baixa renda, e ofertar o ensino gratuito em tempo integral.De acordo com o projeto, o programa será financiado pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento e de Valorização dos Profissionais de Educação Básica (Fundeb) e por recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que seriam utilizados para construção, reforma e aquisição de equipamentos. “Está comprovado cientificamente que crianças que frequentam creches têm melhor desenvolvimento e melhor desempenho intelectual nas fases seguintes da vida escolar”, justifica Patrícia Saboya.O presidente da SBP, Dioclécio Campos Jr., afirma que as prefeituras não poderão alegar falta de recursos. “O Estado vai financiar o programa, e outro aspecto interessante do projeto é que ele abre o financiamento para entidades da sociedade privada. A educação infantil não é responsabilidade só do governo, mas de todos”, diz. O pediatra lembra que diversos estudos comprovam que o investimento na educação infantil traz retornos garantidos ao país. O Nobel de Economia de 2000, James Heckman, constatou, por exemplo, que, para cada dólar investido nessa etapa do ensino, há um retorno de US$ 17 para a sociedade.ImpactosOs estudos de Heckman, que já apresentou diversas pesquisas no Brasil, incluindo uma realizada com o economista brasileiro Flávio Cunha, da Fundação Getulio Vargas, apontam os impactos da educação infantil em vários setores. Um de seus trabalhos de maior repercussão foi realizado em Illinois, nos Estados Unidos, onde o especialista acompanhou dois grupos pertencentes a comunidades carentes, em áreas de risco social. Sessenta e seis por cento dos adultos que haviam frequentado a pré-escola concluíram o ensino médio no tempo correto, contra 45% daqueles que não tiveram a mesma oportunidade. Esses últimos mostraram-se mais dependentes de programas sociais e ganhavam bem menos que os primeiros (veja quadro nesta página).Outra evidência apontada por Heckman é que pessoas pertencentes à mesma classe e realidade social que passaram por programas de educação infantil desenvolvem mais o coeficiente de inteligência (Q.I.). O presidente da SBP explica que isso se deve ao fato de que é até os 6 anos que as estruturas cerebrais se formam assim como a personalidade. O ápice do desenvolvimento do cérebro acontece aos 3 anos, quando a atividade dos neurônios está mais intensa e veloz. “A primeira infância é insubstituível, por isso temos de dar condições plenas às crianças de desenvolver todas as potencialidades que têm quando nascem”, defende Dioclécio Campos Jr. Além disso, ele lembra que é nessa fase da vida que o organismo torna-se resistente.Para ele, porém, o Brasil ainda não descobriu o valor das crianças. “A criança não vale nada no país, do ponto de vista econômico”, critica. O pediatra alerta que, se o cenário não se modificar rapidamente, a economia vai ficar cada vez mais para trás. “Na sociedade pós-industrial, a geração de riqueza não é mais a da linha de montagem, mas a da produção de conhecimento. Por isso, além da fonte de energia renovável, de que tanto se fala, temos que investir na fonte de inteligência renovável, que é a criança.”Projetos pedagógicosA pedagoga Aureliza Martins, especialista em educação infantil, lembra que é essencial investir na expansão de creches e pré-escolas, mas com acompanhamento da qualidade. “Somente aumentar o número de estabelecimentos é insuficiente. Veja o que ocorreu com o ensino fundamental: está praticamente universalizado, mas a qualidade deixa muito a desejar. É preciso ter em mente que a creche não é um depósito de crianças. As redes precisam preparar projetos pedagógicos para estimular o desenvolvimento sadio dos alunos”, diz.Sem conseguir uma vaga na creche pública para a filha de 2 anos, a dona de casa Nívia Moreira da Silva, 29, teve de parar de trabalhar. Próximo à rua onde mora, no P Norte, Ceilândia, há diversas creches particulares que cobram pequenas mensalidades, mas Nívia desconfia da qualidade. “Tem muito lugar por aí, mas não vou colocar minha filha em qualquer coisa. A gente não sabe nem se essas escolas têm permissão para funcionar”, conta. Para ela, matricular Juciléia na rede pública significaria um reforço de 50% no orçamento familiar. O marido, auxiliar de pedreiro, ganha R$ 500 por mês. Era o valor que ela recebia, antes de a filha nascer, como doméstica. “Eu já tive várias ofertas de emprego, muitas ex-patroas vêm me procurar para eu voltar, mas não tem como”, lamenta. Nívia sonha comprar um lote na Candangolândia, onde mora a cunhada. “Lá tem escola. A minha sobrinha conseguiu vaga”, diz.

Paloma Oliveto
Correio Braziliense

Filas para adoção têm mais interessados do que crianças

No Brasil existem duas filas que não se encontram. A de homens e mulheres que sonham ter um filho e a de meninos e meninas que vivem em abrigos à espera de alguém a quem possam chamar de papai e mamãe. Quando se cruzam, as histórias se transformam. Mas leva tempo até que isso ocorra. A união de vidas forjadas por encontros e desencontros exige amor incondicional e grandeza de espírito.No Distrito Federal, a proporção é de 2,5 pretendentes para cada criança ou adolescente disponível para adoção. Ao contrário do que o senso comum pode sugerir, não é a burocracia ou a lentidão da Justiça que mantém os meninos e meninas nos abrigos, mas a expectativa dos pais em relação aos futuros filhos. Das 412 famílias habilitadas pela Justiça para acolher uma das 166 crianças e adolescentes, 390 (94,6%) querem uma que tenha até 2 anos, de cor branca ou morena clara e saudável.A realidade de quem vive em abrigos e sonha com um lar, contudo, é distinta. Dos 166 meninos e meninas disponíveis para adoção, 152 (91,5%) têm mais de 5 anos. “O perfil de criança desejado é excludente porque não corresponde à realidade daquelas disponíveis para adoção”, afirma o coordenador da Sessão de Colocação em Família Substituta da Vara da Infância e Juventude, Walter Gomes de Sousa.Segundo ele, a maioria dos meninos e meninas é negra, tem mais de 2 anos e faz parte de grupos de irmãos. Alguns têm problemas de saúde. “As famílias fantasiam uma criança. Elas não as veem como sujeito de direitos, mas como um objeto estético que vai suprir uma carência, um capricho, um desejo”, constata Walter.Não se trata, porém, de julgar ou criticar aqueles que elegem crianças com este perfil. “Não podemos crucificá-los. Eles têm o direito de idealizar e de querer vivenciar essas etapas da vida das crianças”, destaca Vicente Faleiros, professor do Departamento de Serviço Social da Universidade de Brasília e da Universidade Católica.O desafio, segundo ele, é muito maior e mais nobre. É preciso mudar a cultura de adoção no país. Sensibilizar quem está disposto a formar uma família de que o amor e a relação entre pais e filhos também são possíveis independentemente da idade, da cor da pele ou do sexo da criança. E quanto menores forem as restrições impostas pelos pretendentes, mais rápido eles terão a chance de completar a família.Sonho realizadoO encontro das irmãs Vitória, 8 anos, e Rosilene, 7, com os pais adotivos, Vivian e Milton, mostra que amor também nasce a partir da adoção tardia — aquela em que a criança tem mais de 2 anos. A impossibilidade de Vivian gerar um filho biológico fez com que Milton, pai de seis filhos em dois casamentos, propusesse a adoção.Assim como a maioria dos casais, eles tinham um perfil na cabeça: queriam uma menina com, no máximo, 3 anos. Na primeira palestra, mudaram de ideia. “Caímos na realidade. Ampliamos a idade das crianças para até 6 anos e aceitamos acolher irmãos”, relembra Milton. Três meses depois da inscrição, o casal entrou na lista de espera.Certo dia, os dois foram chamados para conhecer a história de um casal de irmãos. “Quando os vi não bateu, sabe? Mas me apaixonei por duas meninas. Quando saímos do abrigo, falei para o Milton: se fossem aquelas garotinhas, eu não pensaria duas vezes”, conta Vivian. A Justiça ainda tentava reintegrar as meninas à família biológica, conforme preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Por isso, elas não estavam disponíveis para adoção.Meses depois, Milton recebeu novo telefonema. Queriam apresentar a ele o processo de duas crianças. Ao ler o documento, Milton quis conhecê-las. “Eu não aguentei de emoção. Meus olhos ficaram cheios de lágrimas. Não tive nenhuma dúvida”, relembra ele. O aposentado seguiu direto para Ceilândia, onde a mulher leciona. Queria dar a notícia pessoalmente. “Ele chegou na porta da sala e disse: você se lembra daquelas duas meninas? Elas são as nossas filhas. Nos abraçamos e minhas alunas, que já sabiam que eu estava na fila para adotar, vieram me perguntar se as minhas filhas tinham chegado. Foi um dia muito, muito feliz”, comenta.Vieram as visitas monitoradas no abrigo. Logo no primeiro encontro, as garotas perguntaram se eles seriam seus pais. E passaram a tratá-los como tais. Depois vieram as visitas à casa dos futuros pais, o primeiro Natal juntos. Em janeiro de 2008, passaram a viver definitivamente com Vivian e Milton.Os pais não pintam a adoção como um quadro cor-de-rosa. “As crianças chegam com hábitos diferentes dos nossos. Mas quando você tem absoluta convicção de que quer ser pai, não falta amor”, ensina Milton. “Elas têm lembranças ruins. Parte da personalidade já está formada. Mas estamos construindo agora a nossa vivência. E ela será diferente e feliz”, acredita Vivian.O início da conversa com as meninas é tímido. Qualquer coisa que remete ao passado gera um silêncio desconcertante. Melhor falar do presente. E do futuro. Para Vitória, que pretende ser médica, e Rosilene, a futura dentista e professora da família, a felicidade tornou-se algo possível. “Ser feliz é amar o pai e a mãe”, resume Rosilene. “Sou feliz porque tenho família”, afirmou Vitória.Dúvidas frequentesQuem pode adotar?Todo adulto maior de 18 anos, que seja pelo menos 16 anos mais velho que o adotando. Divorciados ou separados judicialmente podem adotar conjuntamente desde que o estágio de convivência com o adotando tenha se iniciado na vigência da união conjugal.Quem pode ser adotado?Toda criança ou adolescente (até 18 anos) que tenha ficado sem família. A falta de condições materiais não constitui por si só motivo para a retirada ou suspensão do poder familiar.Quem não pode adotar?Avós ou irmãos da criança ou adolescente. Nesse caso, cabe um pedido de Guarda ou Tutela. Também não pode adotar quem não ofereça ambiente familiar adequado e não ofereça reais vantagens à criança.Etapas da adoçãoEstudo psico-sócio-pedagógicoAnálise das condições ambientais e familiares do lar substituto. Equipe interprofissional atua para prevenir futuros sofrimentos e más adaptações.Deferimento da inscriçãoDecisão da Autoridade Judiciária sobre o pedido. Uma vez deferido, o autor pode inscrever-se em qualquer comarca do território nacional.Tempo de espera para acolhimentoVaria conforme o perfil da criança ou adolescente que o interessado se disponibiliza a acolher e o fluxo de crianças que cadastradas para adoção.Apresentação de criança ou adolescente para adoção e estágio de convivênciaEtapa em que os futuros pais conhecem a história da criança ou adolescente e confirmam ou não o interesse em conhecê-la. Em se tratando de crianças maiores de um ano, é prevista a realização de um estágio de convivência, isto é, uma aproximação gradativa.Pedido de adoçãoNo fim do processo, os interessados reúnem a documentação necessária, protocolam o pedido oficial de adoção e solicitam, por meio de advogado ou defensor público, a guarda provisória da criança até que saia a Sentença

Adriana Bernardes
Correio Braziliense

O que são células-tronco?

O que são células-tronco?
São células indiferenciadas com o poder de multiplicar-se e regenerar tecidos lesionados ou com deficiência. Também chamadas de “células-mãe”, elas têm a capacidade de se transformar em células idênticas onde forem implantadas, originando nervos, músculos e ossos. Elas são retiradas de três formas: na medula óssea, no cordão-umbilical e em embriões. As retiradas da medula e do cordão-umbilical possuem algumas limitações e não conseguem originar todos os tecidos do corpo. Já as obtidas nos embriões não possuem qualquer restrição. O problema é que para extraí-las, o embrião acaba sendo destruído. Mas os cientistas explicam que seriam usados apenas aqueles descartados por clínicas e que dificilmente conseguiriam provocar uma gravidez. Pela legislação determinada no Brasil, apenas embriões congelados há três anos ficariam liberados para a manipulação em pesquisas. As normas, no entanto, ainda estão sob julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Os estudos com células-tronco trazem esperança às pessoas portadoras de doenças degenerativas como Alzheimer, Parkinson ou vitimas de acidentes que causaram perdas de movimentos. Porém, as pesquisas ainda permanecem em estágio inicial, especialmente no Brasil, embora já manifestem resultados satisfatórios comprovados cientificamente. Alguns artigos de revistas científicas indicam a hipóteses de que as células-tronco, se inseridas de forma incorreta, podem desenvolver tumores nos tecido aplicados. As suspeitas são apenas algumas das dúvidas que permanecem sem respostas. No entanto, foram confirmadas em alguns casos isolados durante experimentos feitos com animais em laboratórios. Diante das barreiras impostas às pesquisas pelas correntes contrárias, cientistas tentam “regredir” alguns tipos de células-tronco adultas para que cheguem a um estágio semelhante ao embrionário. O método, além de garantir uma fonte alternativa de material para a pesquisa, também driblaria as questões éticas e morais que envolvem a manipulação do embrião.


Thomaz Pires
Do correiobraziliense.com.br

sábado, 27 de dezembro de 2008

COMO EM UM CONTO DE FADAS



Era uma vez, um menino que nasceu com uma doença degenerativa que o impossibilitaria, enquanto vida tivesse, de andar e mover braços. O menino nunca andou, tampouco mexeu os braços. Nunca sentiu o chão sobre os pés. Nunca penteou os cabelos. Nunca vestiu as próprias roupas. Cresceu se arrastando. A mãe e o pai do menino, lá em Barreiras, interior da Bahia, decidiram que o filho não iria viver naquela cidade, onde até os médicos que chegaram a vê-lo só lhe faziam previsões pessimistas. E pouco, muito pouco, entendiam o que o menino tinha de verdade. Um deles chegou a lhes dizer: “Essa criança tem problema no corpo inteiro. Como vão criar um menino assim?”. E, depois, sentenciou: “Ele não viverá muito”. Era uma vez, um menino que, aqui em Brasília, conseguiu um tratamento na Rede Sarah. Lá, a “estranheza” dele foi identificada. Ele é portador de artrogripose múltipla — doença congênita caracterizada por várias deformidades rígidas nas articulações. O menino e a família foram treinados a lidar com a deficiência. E como, mesmo com tanta dificuldade, poderia ser integrado à vida. Era uma vez, um menino que um dia, aos 4 anos, encontrou, em Planaltina, numa escola pública onde estudava, uma professora de educação física que acreditava — e acredita — na inclusão. Mais do que isso: ela acredita e gosta de gente. A vida do menino, a partir daquele encontro, mudaria para sempre. Ele se arrastava, mas participava das aulas. Até futebol jogava. Um dia, o menino pediu à “tia”, como súplica: “Me ensina a escrever”. Ela foi às lagrimas. “Como fazer aquele menino escrever, se ele tinha tanta limitação?”, perguntou a professora a si própria. Ela mesma achou a resposta: “A vida é feita de adaptações”. Era uma vez, uma professora, Crislei Maria de Morais, hoje com 35 anos, que acreditou naquela criança que não andava nem mexia os braços. O menino, então, começou a rabiscar as primeiras letras com a boca. Depois, escreveu o próprio nome. Formaram-se calos na língua. Ele nunca desistiu. Tempos depois, o menino que não desistiu da vida e a professora sonhadora decidiram, juntos, que ele escreveria um livro contando a própria vida. O preconceito que enfrentou desde que nasceu. As dificuldades do pai pedreiro e da mãe dona-de-casa para que o filho vivesse e levasse uma vida normal. Os sonhos e planos dele. A esperança escrita com a boca. Era uma vez, um menino que passou seis longos anos de sua vida escrevendo um livro. Varava noites insones, enchendo folhas de cadernos. Um dia, a obra ficou pronta. Mas nem o menino nem a professora tinham dinheiro para bancar a publicação. Em abril deste ano, o Correio contou, com exclusividade, a história de Jeferson Ramos da Cruz, de13 anos. O drama dele comoveu Brasília. A solidariedade se espalhou. Veio ajuda para reformar a casa humilde de chão de cimento bruto onde mora com os pais e os três irmãos, no Vale do Amanhecer. Chegou o computador, para que ele escrevesse melhor. E finalmente a ajuda para publicar a obra de Jeferson. O senador Cristovam Buarque (PTD-DF) e a editora Thesaurus se juntaram. O rascunho chegou à gráfica. No início deste mês, aquele monte de vida escrita com a boca virou livro de verdade. Minha vida em rodas me faz capaz de voar e sonhar nasceu com mil exemplares. Autógrafos A assessoria da apresentadora Xuxa, que vinha fazer um show em Brasília, soube da história do menino. Ela quis conhecê-lo. E o recebeu, no camarim. Ele lhe deu um livro, autografado. Ela lhe disse, em lágrimas: “Você é bonito de verdade. Sua história é um exemplo pra todos nós”. Uma assistente da rainha dos baixinhos, antes de o show começar, leu a reportagem do Correio no palco. A platéia se emocionou. Xuxa ainda o convidou para ir ao programa dela, no início de 2009. Jeferson virou notícia em matéria de televisão e programas de rádio. Era uma vez, um menino que escreveu um livro com a boca e o publicou. Mas faltava mostrá-lo às pessoas. Veio a tarde de lançamento, no último dia 17, na Administração Regional de Planaltina. Na segunda-feira passada, foi a vez da noite de autógrafos no Carpe Diem, na 104 Sul. Uma enorme fila se formou em torno do escritor. “Autografei mais de 100 livros”, comemora ele, sem esconder o orgulho. Entre aquela gente que foi conhecer Jeferson, havia um convidado muito especial. Mateus, de 12 anos, morador de Vila Velha, no Espírito Santo. Ele tinha vindo a uma consulta no Sarah. O garoto tem a mesma doença de Jeferson. A família de Mateus o levou para conhecer o menino que escreve com a boca. Mateus, por sua vez, pinta belos quadros, também com a boca. Emocionado, o escritor disse à mãe, naquela noite: “Nunca tinha conhecido ninguém como eu”. E autografou seu livro ao amigo recém-conquistado. Era uma vez, um menino que quis escrever um livro para que, com o que arrecadasse nas vendas, pudesse comprar uma cadeira de rodas motorizada. Ele lamenta o esforço que a mãe faz todos os dias para conduzi-lo dentro de casa e levá-lo à escola. Nem foi preciso esperar que todos os livros fossem vendidos. Na segunda-feira, horas antes do lançamento no Carpe Diem, um advogado do Plano Piloto doou a cadeira de que ele tanto precisava. Novos sonhos Na tarde de ontem, pilotando sua “Ferrari”, como ele a batizou, Jeferson admitiu ao Correio: “São as minhas pernas emprestadas. Há quatro dias, minha vida mudou pra sempre. Eu acordo de noite e acho que tô sonhando”. A mãe, Cleide Ramos, 32, chora: “Eu nem sei como agradecer toda essa reviravolta que aconteceu na vida do meu filho”. O pai, Gilmar Rosa, 33, homem de mãos calejadas e sentimento contido, também não esconde a emoção: “Como não chorar quando a gente vê um filho feliz e realizado?”. Jeferson agora tem muitos outros planos: quer escrever um segundo livro. Sobre o quê? “Eu e tia Crislei estamos vendo, mas vai ser alguma coisa sobre deficiência, não mais a minha, mas de outros tipos.” E não pára por aí: “Quero pular de pará-quedas. Deve ser pura adrenalina”. De cabelo com luzes e brinco na orelha esquerda, o vaidoso escritor adolescente também sonha em colocar um piercing na sobrancelha. “Meu pai disse que se eu ficasse menos envergonhado, ele deixaria. Eu já tô mais solto”, ele diz, às gargalhadas. E reconhece: “O ano de 2009 vai bombar pra mim”. Era uma vez, um menino que acreditou em sonhos e na vida. E fez dela, da sua vida com limitações, sua melhor e mais emocionante história.

SOLIDARIEDADE O livro está à venda na Livraria da Rodoviária. Preço: R$ 20. Contato com Cleide, a mãe:9128-8849
São as minhas pernas emprestadas. Minha vida mudou pra sempre. Eu acordo de noite e acho que tô sonhando.

Ecritor
Jeferson Ramos


Marcelo Abreu
REPORTAGEM

JOSÉ VARELA
FOTO

FONTE
CORREIO BRAZILIENSE





sábado, 22 de novembro de 2008

Reeducação Alimentar, a Dieta do Verão


Com o final da primavera e com a chegada do verão, todos querem exibir a boa forma. O problema é que homens e mulheres recorrem às famosas dietas milagrosas, na busca de perder peso em poucas semanas. Obviamente cometem um erro: esses tipos de regimes são perigosos. “Manter o corpo em ordem deve ser uma rotina e não um sonho de verão. Todas as dietas da moda levam à perda rápida de peso já que são muito restritivas, porém, se perde muita água ao invés de gordura, levando à diminuição do metabolismo e ao retorno do peso em pouco tempo após o fim da restrição alimentar”, afirma a nutricionista Renata Gonçalves. Segundo a especialista, para perder peso com saúde é preciso uma reeducação alimentar, mantendo uma dieta equilibrada. Se aliada a exercícios físicos, os resultados tendem a ser melhores. Ela dá algumas dicas bem conhecidas para quem deseja mostrar um corpo esbelto nos dias de calor. * Dieta equilibrada, rica em frutas, legumes, verduras e fibras;* Evite os alimentos gordurosos;* Ingerir cerca de dois litros de líquidos ao dia, aumentando de acordo com a atividade física; * Comer frutas com casca e semente para aumentar a ingestão de fibras; * E unir reeducação alimentar a exercícios físicos. Boa sorte!
MARIA Vitória

Mulheres e a depressão

  1. A preocupação com a boa forma e a beleza também influencia a brasileira na hora de aderir ao tratamento para a depressão. O resultado está no estudo DELA (Depresíon en Latinoamérica) divulgado hoje durante o XXV Congresso da Associação Latino-Americana de Psiquiatria (APAL).O estudo ouviu 300 mulheres em três capitais brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre). No total, o Ibope entrevistou 1.100 mulheres em cinco países da América Latina (Brasil, México, Venezuela, Colômbia e Chile), com idades entre 35 e 55 anos. De acordo com o levantamento, 95% das brasileiras têm consciência de que é importante tratar a depressão contra 90% das mexicanas e venezuelanas; 84% das chilenas e 79% das colombianas. A pesquisa revelou também que as brasileiras são as que mais abandonam o tratamento da depressão por conta do aumento de peso. Este índice chegou a 30% entre elas, contra 11% entre as chilenas; 8% entre as mexicanas, 14% venezuelanas e 18% entre as colombianas. De acordo com o estudo, 97% das brasileiras também acreditam que um dos grandes efeitos da depressão são alterações significativas no apetite. E 45% delas acham que os medicamentos usados no tratamento para a doença aumentam os riscos de a mulher engordar e classificam este como um impacto negativo para aderir ao tratamento. As brasileiras são também as que mais procuram o psiquiatra para o tratamento da depressão entre as entrevistadas ouvidas pelo Ibope. No Brasil, 55% delas buscam esta alternativa contra 41% entre as chilenas, 33% entre as mexicanas; 43% entre as venezuelanas e apenas 27% das colombianas.
  2. Reporte: Maria Vitória
  3. Fonte: CORREIO BRAZILIENSE

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Evento de Asa Delta agita Brasília






Como classificatória para o Red Bull Giants of Rio, que acontecerá no dia 5 de dezembro, os melhores pilotos brasileiros de asa delta irão participar nesta quinta e sexta-feira (20 e 21/08) do Fly to Giants, em Brasília, no Distrito Federal.A capital do país receberá baterias de cross-country e de pouso durante a competição, que ocorrerá simultaneamente a duas provas válidas pela segunda etapa do Campeonato Brasileiro de Asa Delta.Os 25 melhores classificados em Brasília terão vaga garantida no Giants of Rio. A prova de cross country (velocidade) será a mesma escolhida para o Campeonato Brasileiro. Os pilotos deverão decolar do Vale do Paranã, situado a 75km de Brasília, e passar por pilões ao longo do percurso. Já o pouso será feito exatamente na Esplanada dos Ministérios. Lá acontecerá uma prova de balizas e alvo, onde o piloto deve realizar um vôo rasante e pousar no alvo.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Hora de sesta






Fotos:Luis Medeiros
Hora de sesta
Funcionário da Companhia Energética de Brasília (CEB) aproveitou o horário de almoço para relaxar nas alturas. Por volta das 12h de 6 de junho, não teve dúvidas: recostou a cabeça em um isolador, cobriu os olhos com o capacete e adormeceu. Alheio ao perigo, roncou sob o sol de Brazlândia-DF.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Primeiro passo para desativar o aterro sanitário











No primeiro dia de funcionamento das novas regras de acesso ao Lixão da Estrutural, cerca de 200 catadores ficaram impedidos de trabalhar por estarem sem o colete de identificação, que agora é obrigatório para o acesso ao local. Entre os barrados, três eram menores de idade. Ismael Salustiano, 17 anos, estava no grupo. O rapaz, que trabalha há quatro no local, não poderá mais manter a rotina de catador no Lixão por ainda não ter completado 18 anos. “Sei que trabalhar aqui é perigoso, mas é o jeito. Agora vou ter que arranjar outra forma de me sustentar”, conta. A organização do trabalho dos catadores e compradores de materiais recicláveis e a proibição da presença de menores no local faz parte do processo de preparação para desativar o Aterro Sanitário da Estrutural e criar os centros de triagem de material reciclado. A previsão é que sejam criados 14 centros de triagem, sendo um deles destinado exclusivamente aos catadores da Estrutural. Os primeiros centros devem começar a funcionar já no mês de julho. Fátima Có garante que haverá uma fiscalização permanente para verificar se o uso obrigatório do colete está sendo cumprido. “Cada número gravado no colete pertence a uma pessoa específica. Aquele que for flagrado emprestando seu colete para outro perderá imediatamente o direito de uso”, disse. A determinação para o controle do acesso ao Aterro Sanitário foi publicada ontem, no Diário Oficial do Distrito Federal, e tem o objetivo de organizar o trabalho dos catadores e proibir a presença de crianças e adolescentes no local. A publicação trouxe a lista com os nomes das pessoas autorizadas a trabalhar na área. Fiscalização Para garantir o cumprimento das normas, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) iniciou ontem uma força-tarefa de fiscalização que segue até amanhã. A ação contou com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho, Secretaria de Segurança Pública, polícias Civil e Militar do Distrito Federal e Vara da Infância e da Juventude. De acordo com o SLU, foram distribuídos 1.330 peças de identificação, sendo 1.100 para os catadores e 230 para os compradores de materiais recicláveis. “Aqueles que trabalham no processo de coleta utilizarão coletes na cor laranja, enquanto os compradores serão identificados com a cor cáqui”, explicou a diretora-geral do SLU, Fátima Có. Os catadores tiveram até o dia 14 de abril para pedir o cadastramento. Durante o processo foi constatada a existência de 39 adolescentes no lugar, catando lixo em condições insalubres. Muitos jovens vêem o trabalho de catador como a única forma de sustento. Esse é o caso de Rafael do Santos, que com apenas 23 anos traz no corpo as marcas do trabalho diário que desempenha no local desde criança. Aos 6 anos o rapaz perdeu dois dedos da mão ao retirar o lixo de uma caçamba. “É muito errado ter crianças trabalhando aqui. Eles não sabem o que fazem e podem se machucar como eu. Essa iniciativa vai evitar que outras crianças sofram o que eu sofri”, disse. --> --> --> -

Lívia Nascimento
Fotos:Luis Medeiros

Enchentes podem deixar 7 mil desempregados no RN



Os resultados preliminares mostram perdas significativas. No total, 5.800 hectares foram alagados, principalmente nos municípios de Ipanguaçú (2.068 ha), Carnaubais (1.870 ha) e Assú (1.110 ha). Na aqüicultura, a enchente atingiu cerca de 5.000 hectares. E todos os marnéis de cristalização do setor salineiro foram afetados. A comparação das imagens de satélite mostra claramente o avanço das águas.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Barragem Armando Ribeiro sangra em Itajá - RN



A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, no Vale do Açu RN, está sangrando desde o início da madrugada de quarta feira 28/03/2008. No final da manhã estava com uma lâmina de sangria de 10 centímetros, hoje dia 04/03/2008 sangra com 3m50cm,com a tendência de aumentar ainda mais por causa da vazão de transbordamento do complexo hídrico Coremas/Mãe D´água, no estado da Paraíba, que ontem à tarde, estava em 1 metro e 28 centímetros desaguando para o rio Piranhas.

Outro fator que contribui para o aumento do volume na reserva, é a sangria do açude público do Mendumbim, no município de Açu, que ontem à tarde estava transbordando com uma lâmina de 40 centímetros, para dentro da barragem Armando Ribeiro Gonçalves.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

A verdadeira convergência



Não se faz um jornal sem grandes talentos,
mas é um engano dos maiores pensar que eles estão
somente na redação. Aqui no Correio, temos
uma equipe de colaboradores, sem a qual várias
reportagens teriam deixado de sair ou ao menos
seriam publicadas sem os detalhes que as aproximam
dos leitores, que as tornam mais humanas e
interessantes. Cito dois exemplos que, só pelo
tempo de casa, já teriam suas valorosas contribuições
reconhecidas. Há quase duas décadas,
Luiz Medeiros Neto, o Luizão, e Inácio Ferreira
Borges são motoristas-repórteres do Correio. Eles
conhecem cada canto da cidade, pautam repórteres,
dão dicas de perguntas, envolvem-se nas matérias
a tal ponto que já se tornaram essenciais
em muitas coberturas.
Num momento em que se fala tanto de convergência
de mídias, em que tevê, rádio, jornal e internet
caminham para uma natural simbiose, é preciso
reconhecer também como é relevante a associação
dos profissionais, nas mais variadas áreas de
atuação, com o objetivo de identificar a notícia e
fazê-la chegar ao leitor da forma mais rápida e
completa. Luizão, natural de Natal, já entrou em
boca-de-fumo, peitou entrevistados e bateu em retirada
quando o ofício exigiu, como qualquer repórter.
Ainda por cima, ataca de fotógrafo, registrando
os bastidores das reportagens que vão parar
num blog dos mais acessados por seus colegas. O
cearense Inácio, além do envolvimento nas matérias,
sempre seduziu os repórteres com outro dom:
o bom humor. Piadista, criador de personagens e
contador de casos, leva o riso de carona e ajuda a
tornar mais leve a nossa profissão.
Eles, assim como outros motoristas, são parte
integrante de nosso corpo de reportagem. E também
são motivo de orgulho, tal e qual os artistas
gráficos que acabam de ser agraciados com cinco
prêmios na 29ª edição do Society for News Design
Awards, a mais importante condecoração do mundo
na área de diagramação e arte. O principal foi a
medalha de prata para a capa do Caderno C que
trazia como título “Até que enfim”, com uma caricatura
do cantor e compositor Chico Buarque feita
pelo ilustrador Kleber Sales, que também teve
mais dois trabalhos selecionados, feitos em parceria
com Severino José da Paz e Itamar Balduíno.
Maurenilson da Silva Freire foi duas vezes contemplado,
em parceria com os diagramadores Roberto
Sousa e Varilandes Gonçalves Júnior. Mais do que
inovações tecnológicas, é o conteúdo produzido
por esses profissionais da equipe da Arte e da Diagramação,
liderados por João Bosco Adelino, que
ajudará a despertar a atenção do público, seja na
tela do computador ou nas páginas de jornais. A
todos eles, a nossa admiração.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007